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O PROJETO

Através do aporte teórico, compreendi que para incluir as mulheres-mães na esfera pública, é necessário não só oferecer fraldários, creches ou atividades de contraturno para as crianças. Para que a mulher-mãe seja aceita na cidade, é fundamental penetrar na inércia do sujeito-padrão (ou seja, aquele que não é mãe) e fazer com que ele compreenda e acolha a sua condição feminina: a maternidade. Antes de tentar inserir as mulheres-mães na vida em sociedade, é preciso inserir as crianças na sociedade. É importantíssimo gerar o convívio intergeracional, e assim, quebrar estereótipos e fazer com que os adultos compreendam as necessidades das crianças como algo tão importante quanto as suas próprias necessidades. A minha proposta então vem como resposta a uma cidade frenética, rápida, rígida. Por que não olharmos pro nosso cotidiano de uma forma diferente? Por que então não relembramos como era que o tempo passava quando não éramos adultos? Vamos nos imergir no ponto de vista da criança, vamos aprender de novo! Vamos ressignificar nossas certezas!

Para propor a imersão do sujeito padrão na perspectiva da criança, elabora-se no projeto uma releitura dos princípios pedagógicos da Maria Montessori. Desta forma, começamos a reeducar nossos adultos, fazendo com que eles ajam de maneira mais intuitiva, mais autônoma e mais livre. É através do ambiente preparado e da observação de si mesmo e do o outro, o estudo de mobiliário a seguir tem como objetivo reviver as descobertas sensoriais dos primeiros anos de vida de cada indivíduo. A mudança da perspectiva do adulto, direcionando-o para a perspectiva da criança, gera um movimento de empatia e acolhimento, fazendo com que a inserção da mulher-mãe na esfera pública se dê de maneira mais natural e agradável.

O projeto consiste em uma estrutura composta por 3 módulos, sendo:

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